15/10/2011 14:19
É comum as pessoas confundirem a sinusite com uma gripe e, por isso se auto-medicarem em vez de procurar um especialista para iniciar um tratamento adequado. Por este motivo, geralmente os sintomas da sinusite acabam voltando, em alguns casos ainda mais intensos.
Os indivíduos atingidos por esta doença sentem um desconforto muito grande por conta dos sintomas que são cefaléia, dor facial, sensação de peso na face, obstrução nasal, sensação de mau cheiro ao respirar, catarro escorrendo pela garganta, corrimento nasal (principalmente ao se deitar ou abaixar a cabeça), podendo estar acompanhados ou não de febre.
“A rinossinusite acontece quando agentes infecciosos, inflamatórios e/ou alérgicos provocam inflamação dos seios paranasais, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz. De acordo com a evolução dos sintomas pode ser classificada como aguda, sub-aguda ou crônica”, explica o Dr. Jan Alessandro Socher, médico Otorrinolaringologista e especialista em Cirurgia de Base do Crânio da clínica Otorhinus – Blumenau.
A sinusite aguda é aquela cujos sintomas duram menos de quatro semanas. Na sinusite sub-aguda, os sintomas duram entre quatro semanas a três meses, enquanto a sinusite crônica se caracteriza por sintomas que se manifestam por mais de três meses.
Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da sinusite são as infecções virais recorrentes das vias aéreas superiores (gripe e resfriado), alergia (por decorrência das variações climáticas, ar condicionado, poluição e fumo, entre outros), desvio de septo, corpos estranhos, procedimentos dentários e lesões causadas pela diferença brusca de pressão como na aviação e em mergulhos. Além destes fatores, a sinusite pode ser produzida por outras moléstias mais graves, tais como infecções fúngicas e tumores específicos desta região. Se não tratada, a sinusite pode trazer complicações como bronquite, pneumonia, meningite, abcesso cerebral e até perda da visão.
O médico especialista em Otorrinolaringologia é o profissional mais adequado para apontar o diagnóstico da sinusite e solicitar os procedimentos necessários conforme as indicações clínicas. Com o advento dos modernos equipamentos de vídeo-endoscopia ambulatorial e da tomografia computadorizada, o diagnóstico da sinusite tornou-se muito mais preciso.
Segundo o Dr. Jan Alessandro Socher, existem muitos medicamentos disponíveis para o tratamento da sinusite. No entanto, para tratar esta condição adequadamente, deve-se compreender todos os fatores contribuintes em cada caso individual. “Os agentes terapêuticos disponíveis incluem antibióticos, descongestionantes, sprays ou irrigação nasal e corticoesteróides”, cita o médico especialista.
O objetivo de qualquer tratamento para a sinusite é eliminar rapidamente o fator causal e impedir complicações sérias. “A intervenção cirúrgica tem por finalidade estabelecer uma drenagem sinusal efetiva e permitir que os métodos de tratamento clínico sejam efetivos”, ressalta o otorrinolaringologista. No caso das técnicas endoscópicas, ele explica que visam restaurar as funções orgânicas de drenagem do seio comprometido, da mesma forma que minimizam a intervenção cirúrgica, com menor sangramento, menor trauma cirúrgico, menor tempo de internação hospitalar e sem a necessidade do uso de tampão nasal no pós-operatório.
Conforme o Dr. Jan Alessandro Socher, otorrinolaringologista que domina esta técnica cirúrgica com reconhecimento nacional e internacional, a cirurgia torna-se um procedimento sem cicatriz externa e realizada exclusivamente pela parte interna do nariz, de uma forma muito mais confortável para a recuperação do paciente.
RECOMENDAÇÕES
1) O mais importante é diluir a secreção para que seja eliminada mais facilmente;
2) Na vigência de gripe, resfriado e processos alérgicos que facilitam o aparecimento de sinusite, ingerir bastante líquido (pelo menos 2 litros de água por dia) e gotejar três gotas de solução salina nas narinas, várias vezes por dia. A solução salina pode ser preparada em casa, sendo que para cada litro de água fervida, acrescente uma colher de chá (nove gramas) de açúcar e outra de sal. Espere esfriar antes de pingá-la no nariz;
3) Inalações com solução salina, soro fisiológico ou vapor de água quente ajudam a eliminar as secreções;
4) Evite mudanças bruscas de temperatura, principalmente entre ambientes com ar condicionado e o meio externo. Além de ressecar as mucosas e dificultar a drenagem de secreção, pode disseminar agentes infecciosos (poeira, ácaros e fungos) que contaminam os seios paranasais;
5) Procure sempre um médico especialista em Otorrinolaringologia se os sintomas persistirem. O tratamento inadequado da sinusite pode torná-la crônica e gerar complicações graves.